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Promover empregabilidade e qualificação profissional é a resposta para reduzir desigualdades

3 de outubro de 2022

Por Belisa Maggi*

Ao somar mais de 10 milhões de desempregados, o Brasil se destaca entre os países com as maiores taxas de desemprego no mundo, segundo estimativas do IBGE e do FMI de 2022. Também sofremos com altas taxas de informalidade: das pessoas empregadas no setor privado, por exemplo, mais de 11,5 milhões não têm carteira de trabalho assinada. Ao mesmo tempo, apenas 36% de estudantes que completaram o ensino médio na rede pública ingressam em uma faculdade.

Para combater esse problema, a Fundação André e Lucia Maggi (FALM), instituição responsável pelo Investimento Social Privado da AMAGGI, se aliou a outras grandes organizações para se tornar parceira do BNDES em uma iniciativa de matchfunding voltada à qualificação profissional, denominada “Novos Rumos”. O objetivo é incentivar projetos Brasil afora que se alinhem às temáticas de indústria 4.0, tecnologia da informação e qualificação verde, com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O edital foi lançado em agosto e segue aberto a todas as organizações sem fins lucrativos que desejem participar. Até o momento, além da Fundação, outras sete instituições se juntaram à empreitada: Abiogás, Ânima Educação, Cedae, Energisa, iFood, Norte Energia, TIM, Totvs e XP.

Sabemos que o acesso à uma educação plena e de qualidade é imprescindível para romper ciclos de desigualdade, ao mesmo tempo que promove crescimento econômico. Afinal, a possibilidade de ter um trabalho decente não é apenas uma forma de inserção na sociedade, mas é um direito humano básico e fundamental. É com esse panorama em mente que, nos últimos tempos, passamos a investir em ações de qualificação profissional e empregabilidade. Portanto, participar do Novos Rumos é também uma oportunidade de reforçar esse compromisso.

Além do fomento ao desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioemocionais e técnicas e da preparação de jovens, oportunizando acesso a oportunidades de emprego, nós temos atuado também para contribuir com a diversidade e a inclusão de pessoas de grupos vulneráveis nos processos de acesso e permanência ao mercado.

Mesmo assim, consideramos que ainda há muito trabalho a ser feito. Oferecer emprego e manter profissionais no mercado de trabalho não é o suficiente para resolver as discrepâncias sociais. Nesse sentido, iniciativas como as do BNDES são fundamentais para buscarmos uma sociedade formada por pessoas capazes de agir de forma crítica, empática, responsável e autônoma. É a partir da formação integral de seres humanos que teremos um mundo melhor.

Um dos grandes princípios que a FALM herdou do seu fundador, meu avô André Maggi, foi a certeza de que construir algo juntos nos torna muito mais fortes. Pessoas unidas numa mesma causa, munidas de conhecimento e de organização de processos comuns, geram transformações positivas para as realidades sociais, tornando-as mais justas.

 

Belisa Maggi é Presidente da Fundação André e Lucia (FALM) desde 2015, além de fundadora do Instituto Signativo, organização que também preside desde 2016. É bacharel em Direito e pós-graduada em Inteligência Socioemocional da Educação.

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