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Opinião | Atuação em rede: um caminho para empresas que desejam investir em ações sociais

1 de agosto de 2022

Por Aletéa Rufino*

 

Criar iniciativas para fortalecer a Agenda 2030 da ONU, visando acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade, se tornaria impossível se fossem pensadas isoladamente. Uma ação local pode ter uma reação coletiva tão rápida, poderosa e eficaz, que influencia, até mesmo, nas decisões globais.

É por isso que precisamos, mais do que nunca, de redes comprometidas com um futuro sustentável e igualitário, tal como a Rede de Investidores Sociais de Mato Grosso (RIS-MT). Criada há um ano e meio, inicialmente como resposta à pandemia da Covid-19, a RIS-MT tem somado esforços para motivar ações coletivas, com a missão de ampliar o impacto e os resultados das ações filantrópicas e de investimento social privado na região.

Compartilhar conhecimentos e mobilizar recursos – sejam eles tecnológicos, humanos ou financeiros – possibilita o alcance de soluções para enfrentar problemas sociais urgentes. Nesse sentido, a Rede é um ambiente que se fortalece como um meio de implementação e troca de experiências, de modo a compreender os principais problemas e soluções locais que podem ser trabalhados coletivamente.

Mesmo assim, não significa que o caminho seja fácil. A 5ª edição do Relatório Luz da Sociedade Civil, por exemplo, revela que, apesar de o Brasil ter assumido compromissos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ainda é o país que mais se distancia da Agenda 2030. Para além de instâncias governamentais, a sociedade civil e as empresas também precisam se mobilizar, impedindo que retrocessos como esse continuem a ocorrer.

Quanto mais redes, assembleias, fóruns e outros eventos contribuírem para a temática, maior será o poder desses setores em influenciar políticas públicas e realizar ações concretas nos territórios onde atuam, não deixando ninguém para trás. Esse é um dos principais “mantras” da RIS-MT, que pode servir de inspiração para outras instituições que também desejam fazer a diferença, combatendo desigualdades e injustiças, a fim de contribuir para um mundo melhor.

 


*Aletéa Rufino é Gerente de Investimento Social da AMAGGI e Gerente de Operações da Fundação André e Lucia Maggi (FALM). Formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pós-graduada em Gestão de Pessoas, possui certificação PMD Pro e, há 15 anos, contribui com a estratégia de Investimento Social Privado da instituição. Ao longo de sua trajetória profissional, participou da implementação de processos administrativos e ferramentas de gestão de projetos, além de monitorar resultados de impacto de programas e projetos nos territórios onde a empresa opera.

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