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AMAGGI e FALM entregam diagnóstico da agricultura familiar no Vale do Rio Cuiabá ao Governo de MT

4 de janeiro de 2024

A AMAGGI e a FALM (Fundação André e Lucia Maggi) realizaram a entrega do diagnóstico do projeto “Agricultura Familiar: fortalecimento dos agricultores do futuro do Vale do Rio Cuiabá e entorno” ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes. A iniciativa pretende desenvolver a produção agrícola na região e incentivar a permanência de jovens no campo.

A entrega dos relatórios que constam do diagnóstico aconteceu no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, no dia 18 de dezembro. Os documentos foram elaborados pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) e pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

O levantamento foi feito com 138 famílias de agricultores em áreas rurais de 14 municípios (Nobres, Rosário Oeste, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Chapada dos Guimarães, Acorizal, Jangada, Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio do Leverger e Campo Verde).

“A AMAGGI está totalmente inserida nesse propósito. Temos todos o interesse em fazer com que isso gere resultados, não só pelo interesse social, mas pelo legado. Existe uma preocupação com a manutenção dos jovens no campo, principalmente na agricultura familiar”, disse Ricardo Tomczyk, executivo de Relações Institucionais da AMAGGI.

A FALM é a responsável pelo investimento social privado da AMAGGI e tem ampla experiência em projetos com foco em desenvolver comunidades. “Agradecemos a parceria e estamos bastante felizes em participar desse processo. Entre nossos interesses estão o de realizar a compra oriunda dos agricultores familiares, e fazer chegar aos refeitórios da AMAGGI. E, para além disso, queremos contribuir com o estado de Mato Grosso e com a agricultura familiar enquanto política pública”, disse Aletéa Rufino, gerente de Investimento da FALM.

O governador Mauro Mendes elogiou o projeto e reafirmou o compromisso do Estado. “Temos todo o interesse em trabalhar com as empresas, com o terceiro setor. Temos que ter um plano de trabalho, com objetivos claros e focar nele. O Governo vai fazer a parte dele para que tenhamos condições de atingir os resultados”, disse.

Irrigação e falta de tecnologia limitam desenvolvimento

No levantamento, foram identificados os cultivos de 18 tipos de plantas, com predomínio da horticultura e plantio de banana e mandioca. As áreas cultivadas têm, em média, 1,5 hectare. Uma das dificuldades levantadas pelo estudo é a indisponibilidade de água suficiente para irrigar mais de dois hectares.

“A água está limitando a produção e a produtividade de todas as famílias porque a maioria irriga com poço e poço tem uma vazão limitante. A gente tem um cenário preocupante daqui para a frente, do ponto de vista econômico”, explica Fabricio Tomaz Ramos, pós-doutor em ciências ambientais e pesquisador da Empaer-MT. “Precisamos fazer uma capacitação de cultivo, por exemplo, usando a chuva. A água é um fator limitante da agricultura familiar”.

O nível tecnológico também é motivo de preocupação: em 23 propriedades é considerado muito baixo (sem irrigação, solo fraco, sem acesso a crédito rural e mercados); em 110 é baixo (tem assistência técnica insuficiente); e em 5, classificado como médio (acessa mercados frequentemente). 

Em relação a investimentos, seriam necessários R$ 6 milhões para inserir as famílias pesquisadas em um nível tecnológico médio, o equivalente a quase R$ 50 mil por família, a fim de que saiam do nível de “insustentabilidade” para “transição em sustentabilidade”. Esse valor seria voltado, sobretudo, para a aquisição de tecnologias relacionadas ao uso eficiente da água. A parceria entre AMAGGI, FALM e o Governo de Mato Grosso para o projeto foi assinada em junho de 2023. Após a entrega do diagnóstico, a próxima etapa é elaborar um fluxograma de ações, que inclui a elaboração de plano de negócios, a partir de janeiro de 2024.

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