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Infraestrutura hídrica sustentável fortalece a produção agrícola e contribui com comunidades para os desafios climáticos 

As longas estiagens dos últimos anos na Amazônia e em Mato Grosso trouxeram impactos severos para a vida no campo. Com rios atingindo níveis historicamente baixos e poços secando, o acesso à água tornou-se um dos maiores desafios para agricultores e agricultoras familiares. Diante desse cenário, iniciativas voltadas para o armazenamento e uso eficiente da água vêm ganhando força nas comunidades rurais, como a construção de cisternas para captação da água da chuva. 

A Fundação André e Lucia Maggi (FALM), em parceria com as próprias comunidades, viabilizou a implementação de cisternas como parte de um esforço coletivo. A iniciativa não foi um projeto imposto de cima para baixo. Pelo contrário, foi construída junto às pessoas moradoras, por meio de oficinas práticas e formações técnicas, com apoio técnico da Can Sustentável e Lacan. Além de receberem a estrutura, as comunidades aprenderam a mantê-la e a replicá-la, garantindo sua autonomia no gerenciamento da água. A ação incluiu duas tecnologias sustentáveis: a captação de água da chuva com cisternas de ferrocimento, com capacidade de 15 mil litros, e a instalação da fossa ecológica de bananeira, que trata os resíduos de forma natural e sustentável. 

Construção da Cisterna na comunidade do Jamanã em Itacoatiara (AM)

“Essa cisterna vem para mostrar que nós já sabíamos como lidar com a água, mas precisávamos de apoio para organizar esse conhecimento”, afirma Aparecida Marti, coletora de sementes e integrante da Associação de Policultura da Agricultura Familiar (Ceiba). “Agora, além de garantir que nossas plantações sobrevivam no período de seca, conseguimos ter água para cozinhar, lavar e viver com mais tranquilidade”, completa.  

A ação faz parte de um projeto mais amplo de zoneamento permacultural sustentável, que busca não apenas a captação de água, mas também soluções ecológicas para saneamento básico, que compõe o Projeto Cultivando o Futuro, parte do programa Crescendo com o Local, voltado para a agricultura familiar em Itacoatiara (AM) e em Mato Grosso. “Água não é só para beber, ela é a base da produção, da vida e da dignidade no campo”, destaca Aletéa Rufino, gerente de investimento social privado da FALM.  

A implementação de quatro cisternas nas comunidades, sendo uma em cada um das Associações: Associação de Policultura da Agricultura Familiar (Ceiba), em Diamantino (MT), e em três associações de agricultores familiares em Itacoatiara (AM) – Associação Sementes da Terra, Associação dos Produtores Rurais do Jamanã e Associação Agropecuária dos Produtores Rurais Indígenas e Não Indígenas do Ramal Fortaleza Mura – é um passo importante para garantir a segurança hídrica e fortalecer a produção agrícola local. Juntas, essas cisternas asseguram o acesso a esse recurso fundamental para 235 famílias.  

Construção da fossa ecológica na comunidade do Jamanã em Itacoatiara (AM) com os estudantes da Universidade Estadual do Amazonas.

 “O projeto vem com a proposta de lembrar que os agricultores e agricultoras já detêm o conhecimento. A tecnologia sempre esteve presente no dia a dia dessas comunidades, e agora a ideia é conectar essas soluções para podermos cuidar melhor da terra, das nossas águas e das pessoas. É isso que fará a diferença no futuro”, afirma João Lucas, bioarquiteto da Can Sustentável/Lacan.  

Para as famílias agricultoras que convivem com longos períodos de estiagem, a chegada das cisternas representa mais que uma solução emergencial – é uma ferramenta que fortalece a autonomia e garante condições mais seguras para produzir. “A gente sabe que a seca vai voltar, mas agora tem como se preparar melhor”, reflete Aparecida Marti. “Essa água que agora conseguimos guardar nos dá tranquilidade para seguir trabalhando e cuidando da nossa comunidade”. 

Confira como foi todo esse processo clicando aqui.

Sobre a FALM

A Fundação André e Lucia Maggi (FALM) é uma instituição sem fins lucrativos, responsável pela gestão do Investimento Social Privado da AMAGGI. Criada em 1997, a FALM atua no desenvolvimento de pessoas e comunidades por meio de iniciativas específicas para a agricultura familiar, qualificação profissional, empregabilidade, empreendedorismo e fortalecimento de organizações sociais, movimentos sociais e coletivos.

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